quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Momento

Vasculhei meus pontos fortes,
Fiz pouco de mim mesma.
Falhei mas uma vez sem conta,
Pedia a conta das falhas.
Mesmo assim continuei.
Ela me diz pra eu não ter medo.
"Viva a vida como queres, sem medo!"
Nem sei o que quero, só tenho medo.
Não que esse medo me impeça.
Esse sim empurra...
Mesmo sendo um precipício é algum lugar.
Qualquer lugar serve menos aqui.
Dizem que não tão ruim,
Dizem isso porque não são eles que realmente vivem.
Eu vivo aqui, e se digo que é ruim, é porque é.
Pois eu que digo se é bom ou não,
Se digo que não sou boa é porque não sou.
Mas não é porque sou eu que digo, que a culpa seja minha.
Sim eu decido o que eu quero, mas não as escolhas que tenho.
Sendo assim não tenho escolha,
Só decido entre o ruim e o péssimo.
Nunca fui muito boa em escolhas!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Futuro

Parada, caída e coberta,
Tento ver um alem no desespero.
Vi da janela que ali entre aberta.
As consequências de pouco tempero,
Entre todas das poucas a descoberta.
Em quanto cavo devagar e certeiro.
Um sorriso, que me tome a janela aberta.
Repeti varias vezes, as intenções mais obvias.
Por lagrimas, por calos, por medos.
Cai em tentações sombrias.
Mordi varias vezes meus dedos,
Tentei prolongar meu tempo.
A falta dele reforça meu laço, Este se afasta um momento.
Realça minha vida, lhe arranca um pedaço.
Me toma tudo que foi e vai ser,
Amarra meus medos em suas linhas de aço.
E assim permaneço como em primeiro momento.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Falta

Conforme minha árvore cresce.
Sua sombra me toma a luz.
Mesmo quente o sol não aquece.
Só realça o frio que me conduz.

Minha febre invade minha prece.
Me calo de imediato por pavor.
Enquanto a lembrança resplandece.
O silencio exalta meu rancor.

Pela minha garganta ainda desce.
O mesmo gosto de rancor.
Quando toma minha alma que padece.
Enquanto só, me perco em ardor.

Aquela árvore que cresce.
A mesma que toma minha luz.
Me polpa do sol que não aquece.
E alivia assim a minha luz.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O borrão

Me afasto de tudo que prende.
Derrubo a construção rochosa que formei como escudo
E tenho minha força e fúria restauradas.
Assim corro a seu encalço
Arranco o teu eu, pois nego-me a ver o meu julgado por ti.

Sendo que todo culpado é quem não sou.
Sei que sou apenas uma, entre tantos que não são.

Isso deixo bem claro que por opção, sendo que essa é a única em ser.
Se não desejasse saber mais do que posso, do que sinto, penso ou possuo.

Desejaria ser tão obscura que apagasse todo querer.
Me nego a seus pedidos por mim.

Sendo que estes são inúteis se ignorada a solução.
Só me fazem indefesa ao desejo de crescer mais rápido só que já forjei.

Me consome e espreme.
Enquanto apago o pouco tempo em que vivi.

Me repudio por não ser tão corajosa.
Sendo que ainda não me amo o bastante.

Pra quando fujo em meu mundo inventado.
Acabar com esse doloroso passar de tempo.
Escolhendo a solidão a ter de mudar de assunto.
Enquanto borro minha alma.
Com o sangue que deveria ter derramado.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Aquilo que esta no ar.

Viver assim por minha febre.
Me contentar, sofrer, calar.
Enquanto no escuro invento uma musica.
Feita apenas à dançar.

Viver assim por minha febre.
Correr enquanto posso agir.
Enquanto danço sobre o pranto.
Causar silencio e então ferir.

Parar no brilho frio nos olhos.
Enquanto estar é a solução.
Marcar em uma lista molhada.
Mais uma letra de canção.

Viver assim por minha febre.
Enquanto vivo, sem talvez nem quando.
Faço de ti o meu lugar.
Por sempre meu futuro abandonando.
Me contento apenas, em dançar.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Quando queima a minha sombra

Naquela hora em que me veio.
Chamou minha atenção sem perguntar se necessário.
Arrumou-me em seu gosto.
Fez-me ver um mundo novo.

Onde meu eu não bastava.
No momento seguinte.
Atirou-me a primeira pedra.
Como se meu eu fosse um mal.
Que ressuscitou sem consequência.

Agora olho você.
Com seu novo brinquedo.
Hoje quando rebobino as memorias daquele dia.
Onde juntas, como uma só.
Eu vivia o sonho...o ensaio do pesadelo de hoje.

E vou queimando a minha sombra.
Pra que não haja o passageiro.
Por detrás do meu sorriso falso.
Que dou toda vez que passas por mim.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Orgulho

Pudera.
Voltar a inocência,e o desprezo por essa vontade.
Só a mim dependia.
Quando minha falta de idade.
Era um passaporte pra alegria...

Nas noites em que acordei de teu sonho..
Assim que pude olhei.
Olhei com atenção..
Pois podia ser a ultima vez..
Amanhã aqui já não estarei..
Junto com o que escore agora irei..
Tu não sabe se retornarei.
E voltarei a ser o que era.

Mesmo assim não me lamento mais.
Do lamento já tomaram o lugar.
Mesmo o substituto me doendo mais.
Me torna mais humana.
Sendo isso que os outros querem.
Sendo superior como a humanidade se sente.

E como todo o resto a sente.
Sem pronunciar-se nem opinar.
Afinal quem é melhor que nos.
Quem é mais digno do mundo.
Se não esse ser imundo.
Que alastra o mais fraco.
Com o mesmo direito.
Que alastra e lhe toma forte.

Oh vírus abundante.
Que me faz ter orgulho.
De ir a seu contrario.
Mesmo sendo uma de vos.
Agradeço a mim mesma.
Por não fazer parte de tal rasa.
Mesmo fazendo parte da massa.
Me orgulho por não ser humana o bastante.
Pra me tornar desumana!

sábado, 21 de março de 2009

Declaração

O que acontece agora?
Alguém pode me falar?
Por que eu nunca desejei.
Agradar ou mudar.
Muito menos aprender.
O que eu sempre tento ensinar.
Sobre a vida que se leva.
E obriga o outro a levar.
Sem ao menos se pronunciar.
Em um fecho e desfecho de cair e levantar.
Num pensamento declarado.
A decisão de não lamentar.
Guardar..
Mesmo boa decisão não sendo,
Alem de despertar um desejo tremendo.
De não ser mais a vitima,
E sim o causador do mal!
Ainda sim axo um sentimento normal.
Se não for, espero saber uma hora!
Dependendo, se for o caso me viro e vou embora.