terça-feira, 28 de abril de 2009

Quando queima a minha sombra

Naquela hora em que me veio.
Chamou minha atenção sem perguntar se necessário.
Arrumou-me em seu gosto.
Fez-me ver um mundo novo.

Onde meu eu não bastava.
No momento seguinte.
Atirou-me a primeira pedra.
Como se meu eu fosse um mal.
Que ressuscitou sem consequência.

Agora olho você.
Com seu novo brinquedo.
Hoje quando rebobino as memorias daquele dia.
Onde juntas, como uma só.
Eu vivia o sonho...o ensaio do pesadelo de hoje.

E vou queimando a minha sombra.
Pra que não haja o passageiro.
Por detrás do meu sorriso falso.
Que dou toda vez que passas por mim.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Orgulho

Pudera.
Voltar a inocência,e o desprezo por essa vontade.
Só a mim dependia.
Quando minha falta de idade.
Era um passaporte pra alegria...

Nas noites em que acordei de teu sonho..
Assim que pude olhei.
Olhei com atenção..
Pois podia ser a ultima vez..
Amanhã aqui já não estarei..
Junto com o que escore agora irei..
Tu não sabe se retornarei.
E voltarei a ser o que era.

Mesmo assim não me lamento mais.
Do lamento já tomaram o lugar.
Mesmo o substituto me doendo mais.
Me torna mais humana.
Sendo isso que os outros querem.
Sendo superior como a humanidade se sente.

E como todo o resto a sente.
Sem pronunciar-se nem opinar.
Afinal quem é melhor que nos.
Quem é mais digno do mundo.
Se não esse ser imundo.
Que alastra o mais fraco.
Com o mesmo direito.
Que alastra e lhe toma forte.

Oh vírus abundante.
Que me faz ter orgulho.
De ir a seu contrario.
Mesmo sendo uma de vos.
Agradeço a mim mesma.
Por não fazer parte de tal rasa.
Mesmo fazendo parte da massa.
Me orgulho por não ser humana o bastante.
Pra me tornar desumana!